26 outubro, 2006

O meu lado esquerdo

Momento de intervenção social:

Viagem até 1998, ano do final do curso. Depois de quatro anos a queimarmos as pestanas [ou nem tanto, mas isso não interessa nada] e de obtermos aprovação em todas as cadeiras, tínhamos que pedir o certificado de habilitações literárias para concorrermos a qualquer trabalho. A nossa digníssima Faculdade obrigava-nos, para pedirmos o dito certificado, a pedir o diploma de curso. Apesar de ser coisa para a qual I couldn't care less, o pedido do diploma era obrigatório. Sem ele, não podíamos provar que éramos licenciados em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa.

O problema é que o diploma custava 20 e tal contos [na moeda antiga]. Quando está pronto? «Daqui a quatro anos», respondia a senhora da secretaria. Que abuso. Eu nem queria o diploma.

Agosto de 2006. Ao mudar de casa pela enésima vez [eu, prostituta da habitação, me confesso], encontrei o recibo do diploma, os tais 20 e tal contos [na moeda antiga] que não queria mas tive de pagar. Dirigi-me à secretaria da nossa digníssima Faculdade e esperei pelo documento. «Ainda não está pronto». «Mas eu acabei o curso há oito anos». Azar, volte para o ano.

Isto é uma vergonha. Vou escrever uma carta ao reitor. Mas acho que não vão ligar nenhuma.

2 Comentários:

Blogger Selbo disse...

Queres um conselho? Diz que vais fazer um mestrado/doutoramento fora do país e que precisas do diploma, mas como a faculdade ainda não teve tempo de o fazer pede-lhes um papel que diga que só daqui a quatro anos é que ele estará pronto. Aposto contigo que numa semana te darão o diploma...

27 outubro, 2006 13:21  
Blogger Rui Braz disse...

VERGONHA! Eu quero é os meus 20 contos de volta. Ricardo, se quiseres uma assinatura adicional na carta/reclamação, conta com o meu autógrafo.

09 novembro, 2006 19:00  

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