19 março, 2007

Dúvidas de Mestra

Ontem, depois da viagem de fim-de-semana muito fixe mas fatigante, cheguei a casa e esbodeguei-me no sofá a ver televisão. Claro que todos os zappings forma parar a essa "delícia" de programa...
Comecei por ficar um bocado irritada: mas porque é que não são antes gajas inteligentes com tipos com a mania do ginásio ou mesmo metrossexuais? Que opção maxista e conservadora! Um formato realmente "à frente" era quebrar com o estereótipo de que eles é que têm o q.i. alto, mesmo que sejam barrigudos e que elas têm de ser belas mas também não podem ser burras: resumindo - as mulheres têm de ser supermulheres que cuidam da casa, dos filhos, dos maridos dos pais e dos sogros, trabalham fora e ainda têm de ler e ir ao ginásio.
Mas essa foi só a primeira reacção porque quando se começaram a fazer as perguntas das fotos, não sei se do sono que já tinha ou dos nervos provocados pela preplexidade causada, escangalhei-me a rir até me doerem a barriga e as bochechas. Pesei que elas têm se ser pagas para fazer aquilo! É impossivel ser verdade!
Mas o pior é que além de ser real é... normal, comum e até de certo modo aceite: coitadinhas que elas não têm culpa de não saber, não precisam de saber aquelas coisas na vidinha que têm. E depois a Margarida chama-me pessimista quando eu digo que quero emigrar e que tenho vergonha do meu país (não, não fiquei "picada" com isso, mas era só para te dar mais um exemplo).
Como a Lina, também acredito na necessidade de equilíbrio entre o corpo e a mente, até porque acredito também - mas isto também já é filosofia barata - que as duas coisas não são assim tão separadas, como se de duas metades se tratasse. Só que também não creio que o equilíbrio fisico se encontre nem no ginásio a som se uma música «stum, stum...» a palminhar quilómetros numa passadeira virada para uma parede - e isto até é o menos mau -, nem entre vernizes e batons.
Por outro lado - e eu confesso que não tenho seguido o programa - mas aqueles tipos dão mesmo "inteligentes" ou "cultos"? Quem avaliou? Quais são os critérios? É que realmente não me parece muito esperto prestarem-se àquelas figurinhas...
Anedótico ou não, não deixo de achar que o programa - a ser verdadeiro - possa ser, até certo ponto pedagógico. Porque podemos perceber melhor o país em que vivemos mas também pelo mérito do apresentador: uma verdadeira revelação. Bruno e Meg, já pensaram em recrutar o tipo? Ele foi piadas anti-Bush, anti -Le Penn, anti Freitas-vira-casacas. Eram um bom nome para somar ao Malato! Uma revelação, pelo menos para mim que não dava nada por ele, ainda que continue a ser tonto, às vezes mesmo um bocado triste; mas é o papel dele - o de ser o palhaço de serviço.

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