16 janeiro, 2007

Porque sim

Estou farta de razões e contra-razões nesta já extenuante discussão sobre despenalização/liberalização da IVG.
Para mim (que perante a hipótese de fazer um aborto não sei o que decidiria) as coisas são tão simples como ser impensável julgar e condenar uma mulher que faz um aborto.
Mas que raio de gente é esta que confunde liberdade com libertinismo, que acha que despenalizar o aborto é como permitir que crianças de biberão possam comprar álcool: que vai passar tudo a correr para os hospitais para fazer um.
Há um outdoor que tem a particularidade de me irritar mais do que seria normal, mesmo tendo em conta as beatas fundamentalistas e quase de certeza com dinheiro suficiente na carteira para irem a Espanha ou a Londres em caso de necessidade: aquele de pagar os abortos com os impostos... Para elém de levantar muitas outras questões ( a mim ninguém me pergunta se quero que os meus impostos paguem transplantes de fígado de alcoólicos ou bandas gástricas a obesos), levanta uma, a meu ver primária. A grande maiorira dos abortos até às 10 semanas são feitos com recurso a medicametos. A mulher leva a receita, avia-a e toma os comprimidos em casa.
E mais, como muito bem li no Respirar o Mesmo Ar, eu também não quero que o dinheiro dos meus impostos vá para tribunais que condenam mulheres que fizeram abortos.

Desculpem-me a salganhada de pensamentos mas quando se trata desta questão a razão foge-me...

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