27 novembro, 2006

Monty Python na manifestação da CGTP II

Pois que na manif e Lisboa sucedeu algo parecido, tirando a ascendência nazi do interveniente e, claro, o cartaz da violência doméstica... ;)
Num dos pontos mais efusivos do discurso do Carvalho da Silva, uma senhora dos seus sessenta anos, de aparência humilde, simples, enfiou-se no meio da multidão, empurrando, afastanto as pessoas com os braços, como se nadasse em seco, a gritar "vão à merda", "vão todos à merda" e fez isto até chegar perto do palco. Depois fez o percurso inverso, sempre a gritar as mesmas coisas.
Só vi três hipóteses: ou era doida, mesmo desiquilibrada, ou era uma fervorosa apoiante do PS ou - e sinceramente aposto mais nesta última possibilidade - não fazia ideia do que se estava ali a passar e pensou que se tratava de um comício de direita.
É que ela gritava e gesticulava com a mesma energia dos manifestantes, com o mesmo esgar de injustiça e revolta, como se estivesse profundamente convicta, como nós todos ali , de estar a defender os seus mais preciosos direitos.
Talvez por isso mesmo, ninguém tenha intervido: toda a gente a deixou passar, gritar, todos atónitos - afinal estávamos todos a ser mandados à merda e não era por nenhum governante, era por uma mulher igual a nós.

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