26 fevereiro, 2007

Interrompemos para uma pausa humorística

Porque nem tudo é mau na vida, aqui fica um pequeno apontamento real. Sentados numa bela esplanada de Lisboa tentávamos, pelo menos eu, alhear-me um pouco daquela que tem sido a minha rotina nos últimos dias. Nada como o Tejo e luz da cidade para descomprimir. A meio do lanche a lembrança de enviar uma mensagem à Chica (a nossa empregada) para que fizesse jantar. Minutos depois uma mensagem de um dos líderes partidários do nosso Portugal dos pequeninos. "Enganou-se. Aqui não há nenhuma Chica".
Seria um jantar às direitas.

24 fevereiro, 2007

A meia idade

Amigos:
Esta é uma declaração oficial: entrámos na meia idade. Não só alguns de nós se casaram, juntaram, reproduziram, endividaram, mestraram e afins, como no momento em que vos escrevo estou a falar no messenger com o meu primo Manel, que nasceu em 1997, e que neste momento me está a explicar como é que a equipa dele de hóquei ganhou ao Aljustrel. Pior: acabou de me convidar para jogar sudoku online, coisa que eu nem sonhava que existisse...

Três elevadores e nenhum funciona!

Peço desde já o devido desconto - é fim-de-semana, estou a trabalhar e ainda não sabemos quem será o nosso novo director - mas neste edifício que ganhou um prémio Valmor e foi construído de raiz para albergar uma redacção não há elevador que funcione. Isso mesmo. Existem três e hoje estavam todos fora de serviço.

O chato aqui não é ter de subir cinco andares, apesar de isso ser muito mau. O chato é entender o pouco que isso importa. O mais velho dos elevadores está para arranjo há mais de um mês. A menos que as peças venham de alguma zona do Globo que esteja em guerra, só posso atribuir a demora a muita incompetência.

19 fevereiro, 2007

Força

16 fevereiro, 2007

Pois claro.

O suplemento "6ª" do Diário de Notícias publica hoje uma entrevista de duas páginas com Ricardo Rodrigues, autor do livro "Bitcho Bravo". O título de capa do mesmo suplemento é "Psicanálise do Monstro".
A Direcção do Diário de Notícias foi hoje demitida em bloco.

Ainda há quem acredite em coincidências?

15 fevereiro, 2007

Curiosidade jornalística

Cairam as direcções do DN e do 24 Horas.
Tenho dito

Foi bonita a festa, pá!

Obrigada. Estava mesmo a precisar.
Desculpem não ter escrito antes, mas isto não anda fácil

14 fevereiro, 2007

Agonia

Confesso desde já que não sou grande fã de iniciativas como os grandes portugueses ou as maravilhas do mundo. Mas enfim, há coisas bem piores e sempre é uma maneira das pessoas aprenderem alguma coisa. No caso dos grandes portugueses achei, nesse sentido, interessante o facto de estarem a fazer aquilo que eles chamam de documentários, mas que prefiro chamar reportagens ou apontamentos televisivos sobre cada personalidade. Confesso também que não tenho visto muitos, pelo que não posso ter uma opinião geral sobre a qualidade do projecto.
Mas ontem vi o programa sobre o Salazar. Ai!
De início até dei o benifício da dúvida, apesar daquilo ter começado com umas tretas sobre a guerra civil de Espanha, cuja pertinência não percebi muito bem. Depois a coisa evoluiu para alguns dados biográficos, o que se pode, até certo ponto, considerar didáctico: pode ajudar a perceber como surgiram ideias e doutrinas que estiveram à frente da história do nosso país durante tantos anos. Até aí, parecia haver a possibilidade não de se estar a querer justificar Salazar, mas a tentar percebê-lo.
A partir do momento em que se começa a falar da chegada dele ao poder a coisa descamba: no Tarrafal as pessoas morriam por estarem doentes, não me lembro de se usar a expressão "perseguição política", quase nada se falou da PIDE e a palavra "tortura" nunca foi dita.
Salazar foi apresentado como um grande estadista que salvou as finanças públicas pelo controle da dívida externa (não vos soa familiar e estranhamente contemporâneo, isto?) e que dedicou toda a sua vida à independência da nação, da pátria, primeiro frente aos Espanhóis (pasme-se!) e depois contra o papão comunista. Mais, é assumido que as premissas desta doutrina (não a prática - sejamos justos!), continuam a ser as da direita portuguesa. As palavras "liberdade" e "católicos" forma usadas sem pudor, sem pudor nenhum.
Eu nem sequer me insurgi contra o facto de ele ter sido incluido entre os grandes portugueses: afinal vivemos - hoje - em liberdade. Relativa, mas em liberdade, onde cada um é livre de votar em quem quiser. Mas branquear a memória de um povo que já por si tem memória curta, parece-me no mínimo insultuoso, para não dizer nojento.
Podem acusar-me de não ter amor à pátria. Não tenho. Venham os espanhóis à vontade que a única coisa que eu exijo é que possamos manter a nossa língua e que os filmes não sejam dobrados. De resto, quero lá saber. O Alberto João que leve a Madeira, que é para o lado que eu durmo melhor... Muitas vezes tenho vergonha do meu país e frequentemente me desiludo com aquilo que nele eu mais amo - as pessoas. Mas há uma coisa de que não abdico: somos moles, preguisosos, taciturnos, mas quando nos pisam os calos demasiado tempo, com demasiado força, unimo-nos e lutamos. Alguns fazem-no com mais frequência, mas unidos, como um povo inteiro, isso é mais raro. O 25 de Abril foi uma raridade, mas existiu. E existiu porque havia uma guerra promovida por uma ditadura (e dentro desta palavra leia-se também censura, tortura, prisões, perseguições...) que ningém queria.
Foi dito que Salazar não era fascista porque não foi revolucionário, porque não queria mudar o povo, o que queria era menter tudo como estava: o império, as colónias, a doutrina católica, a tradição. A geração dos nosso pais e avós lutou contra isso e muitos deram a vida pela mudança, para que nada, nunca mais, ficasse na mesma.
E nós? Perante este branqueamento de um passado tão recente, fazemos alguma coisa? Se um milhão de pessoas tiver visto aquele "documentário" e 900 mil se indignarem, de pantufas, no conforto do lar, acham que uma, apenas uma, vai fazer alguma coisa? Não. Não tenhamos ilusões. Ninguém vai fazer nada. Nunca ninguém faz nada. Fica sempre tudo na mesma. Ficamos a agonizar sozinhos, em silêncio, muitas vezes corroídos por dentro. Mas... nada!
Salazar não terá ganho? Temos o país que merecemos...

12 fevereiro, 2007

SIM, OBRIGADA

O sim ganhou. Finalmente a maioria dos portugueses, que se dignou a tirar o rabo do sofá e a dirigir-se a uma mesa de voto, expressou que o aborto não deve ser criminalizado, que as mulheres não têm de o fazer sob o peso da clandestinidade.
Fiquei muito contente. Mas não fiquei descansada. Porque sei, que ainda a procissão vai no adro, no meo de toda esta confusão. Porque sei que muitos médicos se vão recusar a este procedimento médico nos hopsitais públicos, empurrando de hospital em hospital na esperança que a barreira das dez semanas seja ultrapassada. Mesmo que muitos desses médicos montem depois uma bela clínica onde o pratiquem.
Mas, pelo menos, acabou a clandestinidade! As meias-palavras, a vergonha, o medo.
Há ainda um outro aspecto que me preocupa. É verdade que o sim ganhou, mas custa-me que quando um povo é chamado a pronunciar-se sobre um assunto (seja ele qual for) prefira ficar em casa, no café, passear... em vez de se dignar a votar.

10 fevereiro, 2007

será preciso?

Eu acho que não, que não é preciso dizer-vos isto, a vocês, companheiros de blog. Mas na remota hipótese de algum forasteiro nos ler (será?), cá vai:

VÃO VOTAR AMANHÃ!

08 fevereiro, 2007

Web 2.0

Para quem se interessa por web e afins (senhor bd?), aqui vai a web 2.0 explicada em 4 minutos e meio.

A grande nação americana

Nem sequer consigo fazer um comentário.

Vejam: