28 dezembro, 2006

Feliz Ano Novo e um joguinho

Olá amigos,
o Natal foi bom - sorry não ter dito nada, mas fiquei sem bateria no L de Lena e, por isso, a maior parte ficou sem votos de paz, saúde e felicidade - e o Ano Novo, espero, será ainda melhor. Boas entradas para todos (menos para os rapazes, que eu sei que apreciam as vossas fartas cabeleireiras). E para terminar bem e começar ainda melhor, deixo um joguinho:

A que década do século XX pertence o edifício na foto? Gostava de saber qual é o vosso palpite. No fim explico a razão de tanta curiosidade.

25 dezembro, 2006

Feliz Natal

I just called to say...

Feliz Natal!

21 dezembro, 2006

O estranho silêncio

Estreia hoje o filme «20,13», do Joaquim Leitão, realizador pelo qual não nutro grande simpatia mas que tem tido o condão de convocar público às salas com algumas das obras que produz.

O mote é a guerra colonial, anunciam-se histórias de amor e morte sob o sol africano. E é precisamente por isso que lhe bato palmas antecipadas, independentemente da qualidade do filme. O sr. Leitão teve a esperteza de pegar num dos temas mais esquecidos [silenciados?] da história portuguesa. Falar dos fantasmas é afinal fazer catarse, não? Honra ao Leitão. Pim!

O meu pai combateu na Guiné. Raras vezes fala disso, mas sei que era enfermeiro de combate [«a G3 numa mão e a mala de primeiros socorros na outra, filho»] e foi um dos poucos que sobreviveu no pelotão dele. Perdeu demasiados amigos, uma vez teve que esconder-se debaixo dos corpos sem vida de alguns para salvar a dele. Não vai aos jantares do regimento número tal de não sei onde porque lhe faltam lá laços. Ele foi um dos sortudos, dos que sobreviveu para contar a história. E, estranhamente, prefere não a contar. Tal como a maioria dos que combateram em África.

Na mesma altura em que os portugueses largavam bala, napalm e agente laranja em África, os americanos repetiam o gesto no Vietname, onde estive há pouco tempo. Lá existem museus da guerra, memoriais às vítimas, o tema é conversa constante para posicionar a realidade do país. Nos States, os traços repetem-se. A catarse americana operou-se com histórias, monumentos, filmes. É como encontrar paz de espírito por revelar o horror da guerra. Sarar a insanidade.

Por cá nada. Só o silêncio. Estranho, não acham?

19 dezembro, 2006

Especialmente para o Ricardo

"Em 2007 fecha a secção das desculpas"

18 dezembro, 2006

Shit!

Não há desculpa, eu sei.

Aos 30 anos não há perdão para adormecer [mesmo que seja adepto dos jantares] e falhar o encontro que eu próprio marquei.

Ainda por cima, não via o Sérgio e a Lina há imenso tempo e, quando finalmente cheguei, eles já não estavam. Prosto-me diante de vós, caríssimos.

Já que não pude distribuir os abraços e beijos da praxe, aqui fica a mensagem por escrito:

FELIZ NATAL!


Gosto de vocês, porra, mesmo que não pareça!

Falta a vermelho

E ontem lá foi o nosso encontro. Correu muito bem, devo dizer-vos. É nestas alturas que tenho pena dos restaurentes não terem grandes mesas redondas. Se assim fosse, ninguém ficaria nas pontas...
Mas correu bem, muito bem. Obrigada.
Ah, e os dois meninos que não estiveram presentes (sim telescópio, chegar depois da malta já ter pago e ter debandado não conta) ficam aqui com uma falta a vermelho....

14 dezembro, 2006

Fontes anónimas, horários e SIC Comédia

E cá vai mais um post, porque o Rui levantou mais e mais questões que me parecem fixes. Quase precisei de tirar notas!

1. Estou completamente abismada com o facto de o Rui e a Maçã de Junho serem tão desconfiados em relação ao que sai nos jornais. É verdade que eu, como todas as pessoas que publicam textos, já meti a pata na poça. Nada de grave até à data, mas coisas que reproduzi, confiando no que me foi dito por pessoas que me enganaram, levando-me a mim a enganar os leitores. Realmente, uma das maiores pragas da imprensa são as fontes anónimas. É evidente que ninguém quer confiar em quem não dá a cara (ainda que também exista muito boa gente que minta e dê a cara sem qualquer problema). Posso, no entanto, assegurar que as minhas fontes anónimas existem mesmo. E, sim, também as uso e, sim, também desconfio quando leio textos de certos jornalistas. Não querendo justificar-me, no momento em que sei de uma coisa interessante, entra aquele formigueiro de querer publicar: porque é bom e os leitores vão gostar, porque não quero ser ultrapassada e, finalmente, porque confio naquilo que me proponho contar, perdendo de vista que os leitores não têm porque confiar em mim. É mais uma questão para pensar...

2. Eu sei que a muita gente lhe parece irrelevante que todos os dias milhão e meio de pessoas se reúnam a ver a "Doce Fugitiva" (TVI), mas a mim não, como sabem. E, por isso, tal como o Rui, acho que está na hora de travar a selvajaria que é os programas nunca darem às horas previstas. Não por nenhuma razão em especial, mas porque os programadores se entretêm a querer estragar o que a concorrência faz. Realmente assim não se fideliza ninguém, mas, pondo de lado isto, é de lembrar que está em cima da mesa uma alteração deste estado de sítio e o José Eduardo Moniz vem dizer que é censura e que o Estado não se deve intrometer nestas questões. Não?! Bom, também não ocorre a ninguém dizer que a Carris e a Barraqueiro não precisam de dizer a que horas passam os autocarros. Lá porque o mercado é concorrencial, não quer dizer que não existam regras.

3. Quanto à SIC Comédia, não estou de acordo contigo, Rui. Programas como o "Seinfeld", "Jay Leno" ou "Conan O'Brien" vão migrar para os outros canais por cabo da SIC, portanto, não há crise. E parece-me normal que o canal acabe. Não tinha publicidade e, valha a verdade, tirando os programas mencionados, o que é que aquilo tinha para oferecer? Mesmo com todas as repetições de conceito de que falas - e que são bem observadas - prefiro que se abra espaço para outra coisa qualquer. Um canal é um conceito, não é um conjunto de programas. Não rende, feche-se. O que ficou claro neste processo, se provas faltavam, é que não tinham meios de subsistir sem a TV Cabo por trás. E aquilo saía muito barato, tudo enlatado.

13 dezembro, 2006

Sobre jornais, Internet e outras coisas que tais

Agora meto eu a minha colherada...

1. Sobre a duração dos telejornais e sua suposta minúcia informativa: aqui estou com a Lina. O prolongamento dos ditos foi uma consequência das lutas pelas audiências e hoje assiste-se ao movimento contrário, liderado pela RTP (alguma coisa boa havia de fazer o "serviço público" - mas essa é outra conversa). Os maiorzinhos telejornais da SIC e TVI não têm minúcia nenhuma, enchem chouriços com "não-notícias" do tipo "o cão que faz patinagem no gelo" ou outros disparates para aliviar as consciências dos espectadores, presenteados durante uma hora com mortes e outras desgraças sucessivas (há muito tempo alguém de quem não me recordo o nome apontava a necessidade de um telejornal das "boas notícias").

Este alinhamento - mortes para começar e "piadas" pseudo-informativas para acabar - pode ser visto sobre outras luz, se pensarmos isto em termos de estudos teatrais (sim, vou puxar a brasa à minha sardinha): é preciso um começo forte para agarrar o espectador e aquilo que mais fica na memória deste é o final do espectáculo, logo dá-se-lhe uma coisinha engraçada para ele se ir embora bem disposto.

Aqui, há espaço para os jornais: diz a teoria destas coisas que permitem um tratamento mais distanciado, reflectido e profundo da matéria noticiosa. É claro que nos jornais há muito "diz que disse" e "fontes anónimas" (= fui eu que inventei mas não posso dizer). Mas vamos acreditar que, por vezes, a teoria até tem razão.


2. Tanto há espaço para algo mais profundo que, como mais uma vez a Lina apontou, reapareceram as "Grandes Reportagens" - não tão grandes como se calhar gostaríamos, mas do mal o menos.

Na imprensa, há um movimento que se desenha há já algum tempo que talvez possamos identificar como análogo a esta tendência para a reportagem, que é a imprensa especializada, onde obviamente este ou aquele assunto são tratados com maior atenção e profundidade.

É claro que nem tudo são rosas, e a "pink press" também chegou, de certa maneira, à imprensa especializada. Quem já pegou na "Stuff" ou na "T3" sabe do que falo: aquilo é mais publicidade encapotada do que outra coisa. E é claro que a aposta na imprensa especializada é, em muitos casos, uma exploração económica de um nicho de mercado - mas não estávamos nós à procura de uma forma de fugir à crise (também económica) da imprensa?


3. Este movimento para a especialização acontece também na TV, e a TV por cabo, com as suas dezenas de canais, é sinal disto mesmo. Cada vez mais queremos escolher o que queremos ver (ou pelo menos assim dizem os "mediólogos") e o "grande público" que o Dominque Wolton elogiava desapareceu.

Mas... não serão essas dezenas de canais, afinal, mais do mesmo? Como na imprensa, os projectos copiam-se: National Geographic, Odisseia e Discovery; Panda e Disney Channel; AXN e Fox; Holywood e canais Lusomundo; MTV, MCM e outros... a lista continua. O que é mesmo único no panorama televisivo por cabo português - a SIC Comédia - vai acabar, porque, diz a TV Cabo, tem conteúdos repetidos face a outros canais. Ai sim? Onde passa o Seinfeld? E porque razão o Arte passou para canal codificado, disponível só a quem desembolsa mais uns 10€? Também era repetido, querem ver?!

Ou seja, em TV, a procissão da especialização ainda vai no adro. O Clix TV aponta no bom caminho: um gajo paga e escolhe (pelo menos alguns) os canais que quer ver. Problema: a tecnologia de Vídeo sobre IP está na infância a a instalação em casa está no ponto em que estava a TV Cabo no início, ou seja, se quiserem ter mais que uma TV em casa, vão ter de gramar com umas centenas de metros de cabos pela casa fora. Mas não tarda nada chegam os televisores com sintonizador digital (sim, a TV hoje ainda é analógica, pasme-se!) e aí a coisa vai doer um bocadinho mais à TV Cabo.

Contudo, há uma coisa que eu "não engulo", desde a década de 90 quando comecei a ler na Wired sobre esta coisa da TV digital, do video-on-demand, dos alugueres de filmes na powerbox, do fazer a programação à medida sentado no sofá: a televisão convida à passividade, para interacção já me chega o zapping! Quando vejo TV, eu QUERO que haja um programador que alinhe os programas (e já agora, se não for pedir muito, que cumpra os horários e que não mude os programas de um dia para o outro, o que além de desagradável é estúpido, porque não ajuda nada à fidelização do espectador). Interactividade é noutro sítio. Adivinham onde?


4. Há um espectro que assola o mundo: a Internet.

O "digital" subsume tudo e tudo circula na rede. E o acesso à Internet faz-se ao computador, no escritório e não no sofá da sala (por muito que o Bill Gates nos queira vender computadores e sistemas operativos para colocar ao lado da TV), e com o qual estamos habituados a interagir, desde o jogo de cartas à escrita de uma carta.

De facto, é na Internet que se joga essa história de só procurarmos e consumirmos a informação que a nós e só a nós nos interessa. Surgem uma série de questões que importa reter:

a. Até ao momento, a Internet funciona, basicamente, como depósito de informação criada para outros media: notícias de jornais, vídeos (o que é o You Tube senão um depósito - ou uma lixeira, diram alguns), fotos, textos. Está por inventar uma linguagem especificamente para a Internet, qualquer coisa que não possa ser lida em papel, vista na TV, observada no cinema, folheada num álbum fotográfico. À parte algumas experiências em hiper-literatura ou em arte digital, não há nada de novo na Internet.

b. Outra coisa importante acerca da Net: ok, podemos pesquisar informação sobre tudo e mais alguma coisa, mas será que a informação que encontramos é fidedigna? Importa saber, ao navegar, donde vem a informação. A marca autoral ganha nova importância no seio do anonimato digital. É por isso que os "antigos" jornais, agora convertidos ao digital, são algumas das principais fontes informativas também na Net, geralmente mais do que os jornais que existem unicamente em formato digital.

c. Se calhar até há algo novo na Internet, e aqui há uma pista para esses "antigos" jornais: não me interessa nada assinar, por exemplo, o Público online e ter acesso ao jornal via PDF. Para isso vou à banca, compro o jornal e ainda levo um DVD ou coisa que o valha. O que seria realmente um serviço de valor acrescentado, e isso sim um modelo de negócio viável para os jornais na era da Internet, era ter acesso a uma base de dados com todos os artigos publicados no jornal, convenientemente catalogados segundo palavras-chave (sim, porque ter a coisa simplesmente organizada por data é igual ao litro) e com referências cruzadas.

d. Para acabar, que isto já vai grande, uma dica final para conciliar a notícia-que-vem-ter-comigo com a notícia-que-eu-procuro: se ainda não têm uma, abram uma conta no Google. Depois personalizem a vossa homepage: acrescentem vários módulos informativos, das mais variadas fontes - Público, TSF, Times, Wired, o próprio Google News... a lista é enorme. Assim vão sempre ser surpreendidos com este ou aquele título inesperado. Juntem o agregador de notícias (feeds RSS) à homepage e coloquem lá os RSS da vossa preferência, e já terão também, direitinhas ao desktop, aquelas coisas que só a vocês interessam. Finalmente, façam lá a pesquisinha da praxe e entretenham-se a vasculhar os 5,000,000 resultados encontrados.

Um cadinho de TV

O índice de participação está óptimo e queria aumentar a confusão metendo aqui uma bucha de TV. É que, caro Telescópio, não estou mesmo nada a ver como é que noticiários serem longos - que são! - podem esvaziar o conteúdo dos jornais.

Parece-me que o que falta à imprensa escrita é ter mais rasgo e encontrar ângulos diferentes. Até porque se há coisa de que me queixo é das televisões darem hoje muito pouca informação própria. Passam dias inteiros a repetir apenas aquilo que os jornais escreveram. Em contrapartida, há um fenónemo novo neste campo. A grande reportagem televisiva voltou a ocupar grandes espaços na grelha da RTP ("Em Reportagem"), na SIC ("Reportagem SIC" e "Perdidos e Achados") e na TVI (com as reportagens do "Jornal Nacional"). Todos eles diferentes e com bons resultados, o que só prova a minha tese do que é preciso é foco. Chegam a ter melhores resultados do que os próprios telejornais, que já por si são hoje os produtos muito rentáveis e com óptimas audiências em todos os canais.


E só para não ficarem a pensar que me ando a tornar numa pessoa séria, aqui fica a informação que vos faltava e que só não é em primeira-mão porque os leitores do 24horas vão saber antes: a caloira que cantava Ágata nas praxes, hoje conhecida como jornalista Rita Marrafa de Carvalho, é uma das concorrentes do "Dança Comigo". Para quem estiver mortinho por ver é sábado, 21h15, na RTP1.

12 dezembro, 2006

Post obrigatório

Como é que nós, gajos que se dizem de esquerda, defensores dos direitos humanos e até dos direitos dos animais e outros que tais, não escrevemos um post a dizer:
MORREU O PINOCHET! Nem tudo vai mal no mundo.

Beco sem saída II

O fim dos jornais na boca do mundo. Há dias, tive esta discussão com uma amiga brasileira, que é directora de um importante jornal do Atlântico Sul. Ela disse: «O fenómeno é mundial. O Globo, a Folha, o Estadão estão na mesma rota do NY Times, do Público ou do Le Monde. Em queda.» Estão com certeza, que os números não enganam.

Podemos falar da morte lenta da imprensa? Pela globalização da informação. À medida que o acesso e a velocidade da comunicação aumentam, a tendência é que cada indivíduo escolha o que quer saber e procure os conteúdos que o interessam. O advento da internet é o exacto oposto da crise da imprensa. Se o espaço do papel obriga à selecção de temas generalistas, a infinitude da rede permite a quase-plena individualização do conhecimento. Mas claro que também precisamos de receber algo de novo, além das nossas escolhas. É por isso que acho que os jornais nunca deixarão de fazer sentido.

Em Portugal, o fenómeno da decadência tem factores particulares. Por um lado, há uma minúncia na informação televisiva [os telejornais demoram mais de uma hora] que não cede grande margem de manobra aos jornais - de que pode falar a imprensa que a rádio e a tv não tenham já coberto?

Por outro lado, há um grave problema de concentração dos media. Existem quatro grandes grupos de comunicação social no país, que dominam 80 por cento do mercado impresso. A lógica de lucro na maior parte dos casos tem sido a de criar produtos populares, de informação directa, a baixos custos. Esta teoria tornou-se dominante e os grupos, sempre que viam a concorrência alcançar o mínino sucesso, imitavam a fórmula, sem jamais ousar criar o novo. Isto, obviamente, tem uma grande quota de responsabilidades na quebra da imprensa em Portugal.

Há 15 anos, a taxa de analfabetismo era praticamente o dobro do que é hoje. Em contraste, os índices de leitura e o consumo cultural eram muito mais baixos [num só fim de semana, 15 mil pessoas encheram a exposição do Amadeo de Souza Cardoso na Gulbenkian, o CCB anda sempre cheio, o teatro parece estar a sair lentamente da sua crise]. Mas foi há precisamente 15 anos que as bancas se encheram de bons produtos como o «Público», a «Grande Reportagem», o «Se7e», a revista «K», a «Visão». Depois apareceram os tablóides e a pink-press [o que, per si, nao tem mal nenhum] e os grupos perceberam que lucro fácil era fechar a «GR», a «K», o «Se7e», apimbalhar o «Público» e a «Visão», eliminar os produtos de melhor qualidade, despedir os grandes repórteres e os velhos jornalistas, substituindo-os por dois ou três estagiários – que como toda a gente sabe ganham menos, refilam menos e produzem a grande velocidade.

E, subitamente, começou a notar-se de forma acentuada a morte da imprensa em Portugal.

Se estamos num beco sem saída? Não, não acredito. Acho que os diários generalistas estão condenados. Mas os tablóides e a imprensa de qualidade [que por cá nem sequer existe] terão sempre um espaço nas bancas. Cada vez mais pessoas querem ler grandes investigações, boas reportagens, artigos de fundo e cronistas sérios [O El País e a Time vendem mais em Portugal do que a Focus]. É preciso investir para ter o retorno. Se isso não acontecer, então sim, teremos os tablóides e mais nada.

Piada CSI Las Vegas

Vira-se aquela quarentona loura para o chefe do CSI:
- Chegou o relatório da autópsia. Confirma-se que a vítima era vegetariana...
E o chefe dos CSI interrompe-a:
- E estava com prisão de ventre, certo?
A loura fica espantada:
- Como é que sabes?
E o chefe responde:
- What happens in Vegans, stays in Vegans.

(fui que inventei, claro)

Beco sem saída

Tendo em conta que, uns posts abaixo, a Lena elevou o nível falando de um documentário (que infelizmente não vi e por isso não posso comentar), também queria colocar dúvidas.

Ultimamente, toda a gente com quem falo tem uma obsessão: o fim dos jornais como os conhecemos, isto é, em papel. A internet está outra vez na moda e andam todos a massacrar-me com essa coisa de que o futuro são os jornais feitos à medida de cada leitor. Ora, eu acho isso tudo muito fixe, mas tenho um problema. Se eu só vou à procura do que me interessa, como é que sei que outras coisas me podem interessar? E se por acaso este assunto me levar a outros não há o risco de ser sempre direccionado no mesmo sentido, afunilando ainda mais a minha realidade? Eu já acho incrível levar a vida que levo e parecer, na maior parte do tempo, que não existe outra maneira de o fazer...

O que é que vocês acham? Chegámos a um beco sem saída?

11 dezembro, 2006

Dúvida

Toscana ou Toscânia. Sem olhar para o dicionário.

Respirem fundo, pessoal

Telefonaram agora do Gabinete do Jaime Gama, a perguntar se é preciso marcar uma sessão plenária de emergência no Parlamento para resolver isto do almoço.
Ah, e a Associação Portuguesa de Cyber-stalkers diz que, se não for pedir muito, gostavam que fôssemos mais explícitos nas mensagens. É que eles já sabem os nomes completos de alguns de nós, mas já agora podíamos postar números de contribuinte, BI, medidas da roupa, essas coisas.
E não se esqueçam de dizer exactamente a data, hora e morada com código postal completo do sítio onde vamos almoçar. Eu ofereço-me para mandar a informação por sms para o Bom Dia Portugal, se acharem que vale a pena. Parece que ainda há alguma malta no Distrito de Bragança que não tem ligação à net, e portanto não me parece bem que seja só pouco mais de metade da população portuguesa a ter acesso a este fórum e ao que nele se discute...

Morrer primeiro

Já estou farta de ter a Catarina Cristão há tantos dias como post de abertura. Desculpa lá Princesa, mas ela não merece tanto destaque no Buga. A propósito, tiveste alguma resposta?
Então, aproveito para comentar convosco um bocadinho de uma curta-metragem que vi ontem na 2. Era uma espécie de reflexão sobre a guerra e parecia tratar-se de uma espécie de colagem de imagens de arquivo que se desenrolava ao som de uma voz off que fazia pensar.
Algumas ideias base: cada geração tem a sua guerra; o que será preciso um povo passar para que um país aprenda que a guerra só o enfraquece e nunca o torna mais forte?; quando alguém é obrigado a ir para a guerra, mesmo que não morra, nunca volta para casa, fica lá, para sempre - não há regresso.
Mas o pensameto que mais me deu que pensar, aquela frase que me arrepiou todos os poros, pelos e as entranhas dizia que antes de matar outro homem, quem mata tem de morrer primeiro...

04 dezembro, 2006

Carta aberta à "jornalista" Catarina Cristão

Vidas de infortúnio Assim se chama o texto assinado por Catarina Cristão na última ediçao do semanário Sol. A notícia promete ser importante, já que tem chamada à primeira página e anuncia contar a história dos quatro portugueses mortos no Chile. A mim, que sou uma pessoa crente na capacidade dos jornalistas, pareceu-me que iria ver no interior do jornal um perfil dos quatro amigos (coisa que me parece ainda não ter acontecido, pelo menos não na mesma publicação). Mas não, nada disso, o que Catarina Cristão nos traz é, longe de ser uma bela peça de prosa, ou mesmo um belo texto jornalístico, um pedaço de lixo. Uma vergonha. Nao é um texto ofensivo para as famílias, nao tenta apontar pormenores sórdidos das vidas destes quatro amigos. Mas, a meu ver, é ainda pior, do ponto de vista jornlístico. E vejamos se me consigo explicar, porque a minha indignação é tao grande que tenho receio que me tolha o raciocínio. Para começar, cara Catarina, gostava de saber qual é o seu ponto de vista nesta notícia. Onde está o seu lead? qual é o seu objectivo? Dar-nos informações concretas sobre a morte deles não é, porque não nos dá novidades: pode ter sido o mau tempo. Sim, pode. Mas também pode não ter sido. Não é dizer-nos quando serão os funerais ou quando os corpos poderão chegar a Portugal (pode ser hoje ou amanha, diz você referindo-se a sexta ou sábado). Ora eu, assim como grande parte dos amigos da Zé, da Cláudia, do César e do André sabemos que é mentira e sabemos quando é que eles chegam. (Informou-se mal...) Então o que a move, se não o sentido de informar o leitor? Só encontro uma resposta: o sensacionalismo usando o seu mais vil disfarce: o de um suposto trabalho sério e algo poético sobre a morte de "colegas" de profissão. O que lhe importa não é a morte destes quatro amigos, pessoas que valem o mesmo, em termos de vidas humanas. Por mais que gostasse da Cláudia, sei que a morte dele é tao estúpida como a da Zé, a do César ou a do André. É igualmente brutal, é igualmente inexplicável. Isto para mim, porque para si a coisa é diferente. Para a sua brilhante mente (de resto tão brilhante quanto a do editor que permitiu a publicação do texto em questão), o quer importa é o grau de desgraça que cada uma destas pesoas coleccionava antes de morrer. Vejamos: a Zé tem honras de abertura e destaque não por ser a pessoa extraordinária que decerto era, mas porque já não tinha pai nem irmão, deixando a sua mãe sozinha neste mundo. Não se atrapalhem no entanto, diz-nos a Catarina Cristão, porque, e passo a citar, "a mãe é uma pessoa muito espiritual e terá recebido a notícia com alguma serenidade." A sério? Acha mesmo normal que isso tenha acontecido Catarina? ainda bem que nos deu esta informação. A segunda pessoa em destaque é o César. e porquê? Porque na contabilidade das mortes estava à frente dos outros. Já tinha perdido o pai e a mãe. O César é, para si, mais importante que a Cláudia que, nesta contabilidade mórbida, só podia reclamar a morte do pai. Ah, isto se "uma irma gravemente doente" não for suficiente... O André, o mais novo dos quatro, tem direito a três linhas nesta pela peça. Já adivinharam, por certo. Tem pais e irmaos vivos. Que desperdício... É triste, revoltante, este tipo de jornalismo. Eu já não tenho carteira profissional e, confesso, fiquei especialmente aliviada por não a ter. Porque, no momento em que li esta notícia, senti uma enorme vergonha pelas pessoas que me são muito queridas e que são jornalistas. Jornalistas à séria, não como você, Catarina. P.S- No destaque do seu texto aparece "Maria estava com medo..". quem é Maria? Se não sabe, para os amigos ela era Zé. Quer ser poeta, escreva um livro. Quer fazer bonito a escrever? Então leia o texto da Fernanda Câncio na edição de 26 de Novembro do Diário de Notícias e aprenda como se pode fazer bonito, escrevendo bem.
ACTUALIZAÇÃO:
- Como se não bastasse o facto da notíca por si já ser grave eis que sou informada que os pais do César não morreram. Inacreditável. Inacreditvável. O que se pode dizer deste tipo de jornalismo?

03 dezembro, 2006

Almoço de Natal

Bom, a data aproxima-se e eu sou um sujeito ocupado (*cough*cough*) e quero resolver isto. Vamos lá então recapitular:

1. O Almoço de Natal terá lugar no dia 17 de Dezembro, pelas 13h00 (que é para os atrasados do costume, entre os quais eu próprio, fazerem um esforço para chegar às 13h30).

2. O local ainda não está definido, espero que os lisboetas encontrem um bom local com preços por cabeça (e respectivo estômago) a rondar os 15€.

3. A troca de prendas, por motivos práticos, será efectuada por sorteio: toda a gente leva uma prendinha até 5€ (concordam com o valor? espero que sim, porque eu já tenho prenda!), metem-se as prendas num saco, metem-se papelinhos noutro, e tira-se à sorte.

4. Comecem a confirmar se vão ou não, para o/a lisboeta que descobrir o restaurante poder reservar mesa. Pela minha parte, devo ir sozinho.

Beijos e abraços, é natal blá blá blá