28 outubro, 2006

A Lena tem razão quando debate o assunto do aborto, do referendo, da Igreja...
Assino por baixo os teus argumentos a favor da vida e também o do dever de separação entre a Igreja e o Estado (ainda que não ache necessário ser-se católico para que alguém se oponha à legalização da IVG).

Quando mandei a posta de pescada queria partilhar a minha indignação, porque os movimentos pró-vida, sabendo que os seus argumentos cristãos estão enfraquecidos (precisamente porque para quem acredita em Deus, Ele é amor e perdão), defendem-se com o serviço nacional de saúde e isto, parece-me, toca fundo, porque se pensa que por realizar um aborto, vamos esperar mais tempo por uma operação.

Apesar de adorar ser portugesa, acho que Portugal é mesmo uma país serôdio nestas coisas... buga apanhar o comboio da modernidade?

27 outubro, 2006

Um tema...

A Lina deixou no seu último post um tema que acho que podiamos desenvolver, porque sei que todos temos uma opinião, que todos vamos votar - a haver referendo - e, além de poder ser útil para quem nos queira ler, pelo menos para mim poderá ajudar a expiar a minha indignação: o tema da despenalização do aborto.
Todos sabem que sou/ fui católica (depois explico isto dos tempos verbais). O que se calhar nunca ficou claro foi que o meu afastamento da vida prática da Igreja, depois de muitos outras questões nada menores, se deve precisamente a esta questão. E a revolta volta quando se vê que está a começar tudo de novo!
Há oito anos, nos avisos do final da missa, o padre da minha paróquia disse do púlpito para baixo que quem votasse "sim" no referendo não era cristão. Nessa altura, muita gente se levantou e saíu, perante as reclamações dele de que a missa ainda não tinha acabado... Tive vontade de fazer o mesmo, mas não... fiquei, a roer-me, mas fiquei. Mal sabia eu, que na prática, já não estava ali...
Esclarecendo: sou contra o aborto, a pena de morte, assassinos e todos os atentados contra a vida... O aborto não poderá ser nunca utilizado como um método anticoncepcional.
Mas a despenalização do aborto, a meu ver, não coloca isso em questão:
- os abortos continuarão a acontecer, em Espanha ou em Portugal de forma ilegal;
- milhares de mulheres continuarão a ser vítimas de talhantes, num agravamento redundante de um problema incontornável de saúde pública;
- pior, ainda poderão ser presas por isso...;
- a Igreja não admite métodos anticoncepcionais, pelo que o argumento de que o embrião já é vida cai por terra - um espermatozóide não é um embrião...
- vivemos num Estado laico (?) - mesmo que a Igreja seja contra o aborto em si, não lhe compete decidir o que é ou não crime, quem deve ou não ir preso. E lembram-se do perdão? Onde é que fica aqui o dever cristão de perdoar?
Já começou de novo, o Cardeal Patrearca já veio dizer que se trata de uma "luta de civilizações". Eu não quero lutar com ninguém. E a Igreja de que um dia julguei fazer parte também não deveria querer. E a paz? Onde fica a paz? A luta não é o oposto da paz?
E isto é só o começo. Por enquanto, todas as sondagens dão vantagem ao sim, mas assim que a campanha começar realmente, a história vai repetir-se e estou convicta que corremos seriamente o risco de que volte a ficar tudo na mesma.
Para terminar, gostava de fazer um agradecimento com oito anos de atraso: obrigada Margarida!

Já repararam...

... que sempre que se começa a debater o aborto há sempre alguém que se lembra de dizer que o problema não é da intervenção. O problema é o serviço nacional de saúde. Não poderia dar resposta. Uffff... isto cansa!

Noutro departamento completamente diferente, queria dizer que gostava mesmo que fossemos jantar.

E, por outro lado, saibam que não devem fazer cerimónias.
São todos administradores, por isso, toca a mudar estes templates!

26 outubro, 2006

O meu lado esquerdo

Momento de intervenção social:

Viagem até 1998, ano do final do curso. Depois de quatro anos a queimarmos as pestanas [ou nem tanto, mas isso não interessa nada] e de obtermos aprovação em todas as cadeiras, tínhamos que pedir o certificado de habilitações literárias para concorrermos a qualquer trabalho. A nossa digníssima Faculdade obrigava-nos, para pedirmos o dito certificado, a pedir o diploma de curso. Apesar de ser coisa para a qual I couldn't care less, o pedido do diploma era obrigatório. Sem ele, não podíamos provar que éramos licenciados em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa.

O problema é que o diploma custava 20 e tal contos [na moeda antiga]. Quando está pronto? «Daqui a quatro anos», respondia a senhora da secretaria. Que abuso. Eu nem queria o diploma.

Agosto de 2006. Ao mudar de casa pela enésima vez [eu, prostituta da habitação, me confesso], encontrei o recibo do diploma, os tais 20 e tal contos [na moeda antiga] que não queria mas tive de pagar. Dirigi-me à secretaria da nossa digníssima Faculdade e esperei pelo documento. «Ainda não está pronto». «Mas eu acabei o curso há oito anos». Azar, volte para o ano.

Isto é uma vergonha. Vou escrever uma carta ao reitor. Mas acho que não vão ligar nenhuma.

25 outubro, 2006

É Natal, é Natal, etc e tal

O Natal chega cada vez mais cedo.
Não sei se reparaam mas as ruas da cidade já estão cheias de enfeites de Natal, as luzinhas também já lá estão à espera de ordem superior para acenderem, as montras começam a estar enfeitadas... qualquer dia concretizo o meu sonho de ter Natal em Agosto...
Não me estou a queixar, não se iludam. Vocês, amiguinhos do peito, sabem melhor que ninguém que eu sou a verdadeira profissional do Natal. Pelo-me por prendas, enfeites, velas, encontros para troca de prendas... essas merdas que a maior parte de vocês dispensa.
Por isso, e porque somos todos adultos muito ocupados, vamos lá a organizar um novo almoço de Natal. Buga?
Eu vou para fora (leia-se Madeira) a 22 de Dezembro. Pode ser no fim de semana antes? Estilo dia 16 ou 17?
Vá, digam.
Beijos

24 outubro, 2006

Instrumental, instrumental, instrumental, instrumental...



A máquina é uma treta. A fotógrafa não é melhor. Ainda por cima havia pouca luz.

Mas vocês são liiindos!!!

23 outubro, 2006

Informação útil

ScriptMakers lança Concurso de Talentos

Concurso de Talentos pretende encontrar novos argumentistas e criativos que possam colaborar com a ScriptMakers em projectos futuros

Lisboa, 23 de Outubro de 2006 – A ScriptMakers, empresa de produção de conteúdos que está a escrever a novela Tempo de Viver, em exibição na TVI, lança um Concurso de Talentos dirigido a todos aqueles que tenham interesse pela área da escrita criativa e, sobretudo, a argumentistas com experiência ou formação nesta área.

Para participar no Concurso de Talentos é pedido o envio de uma storyline, uma síntese e uma sinopse alargada de uma ideia para uma série/telenovela juntamente com o CV do argumentista. Depois de 17 de Novembro, data limite para o envio das propostas, será feita uma selecção exigente, pela direcção criativa e de qualidade da Scriptmakers. O guionista vencedor integrará a equipa da Scriptmakers que com ele escreverá a descrição das personagens e do episódio piloto do projecto.

Sinal dos tempos



Mas quem é este? É o Paulo Filipe Monteiro? Nem pensar!
É Morais, polícia da teen-novela "Doce Fugitiva". E que vida sofrida leva o Morais: divorciou-se, perdeu a custódia da filha e foi acumulando dívidas. Pior, tornou-se permeável à corrupção.

Grande porca que eu sou

Desculpem.
Eu até me pergunto como me aceitaram neste blogue...
Ontem estive a reflectir e acho que só estive presente nos trinta anos da Lina... sou mesmo uma porca sem emenda.
O que posso dizer em minha defesa? Talvez que a vida não está fácil. Sinto-me como um acordeão, sempre a desdobrar-me mas, na verdade, sem conseguir estar onde é preciso.
Bruno, sorry. Tinha um outro jantar combinado há imenso tempo e depois do jantar fui a voar para casa porque o Henrique estava doente.
é esta a história da minha vida, correr entre hospitais, trabalho, creche, medicamentos....
Desculpem-me todos. Gosto muito de vocês.
Beijos

Colheita de 1976

. Depois das perigosas ameaças de Sérgio Bordalo em fazer uma sessão de VHS com o vídeo das praxes;
. Depois da confirmação de que Choco Mutante [aka Rui Brás] – esse que nunca admitiria casar-se com quem quer que seja – se prepara para firmar os votos do sacro-divino matrimónio;
. Depois de Lina Santos me oferecer um volume do Asterix como prenda de aniversário e fugir na mesma noite com tão emblemático álbum;
. Depois de Bruno Dias insistir em cantar o «Perdidamente» dos Trovante quando nas opções do Karaoke havia também o «Nasce Selvagem»;
. Depois de anos e anos em que Margarida Botelho [a quem um dia os deuses do Olimpo chamaram Greta] nos obrigou a comprar a última edição do Avante, do jornal da Jota, das rifas da paróquia de Nossa Senhora das Caldas e de sei lá mais o quê;
. Depois de Inês Queiroz ter organizado um jantar de Natal sem nunca, nem por uma vez, ter acarinhado timidamente os amigos com palavras tão doces como «cromo», «palhaço» ou «bandido»;
. Depois de Helena Brandão passar um jantar sem publicitar as noites do Agito em que ela própria e o seu mais-que-tudo ensaiam pose de DJ;

Digam-me lá:

O Vicente Jorge Silva tinha ou não razão quando nos chamou geração rasca???

PS: É que, no ano em que nascemos, o Oscar para o Melhor Filme foi atribuído ao ROCKY

22 outubro, 2006

Bicicleta de Utilização Gratuita de Aveiro...

... é o que quer dizer BUGA. E eu, com a minha sorte, tinha de me calhar uma destas: um blog com os meus amiguinhos a envolver velocípedes?!
Logo eu, que nem sequer sei andar de biblicleta, nem nadar, nem - horroriza-te Miguel! - provei algodão doce, nem vi o Rambo, nem comi um garibaldi. Tudo para me fazerem sentir info-excluída. Como diria o Calimero: só porque sou piccola!
Como mulher despachada e profunda que procuro ser, pûs-me em campo para descobrir o que quer dizer buga em português e, meus amigos, surpreendam-se: não quer dizer nada! O mais semelhante que encontrei no dicionário da Bertrand foi BUGALHA - que é o mesmo que igualha. E assim, sim, já se aproxima - não me importo mesmo nada que me digam que sou da vossa laia, igualha, bugalha.
Entretanto, experimentem no Google: buga também é a palavra dos gays do México para heterosexual - o que também se adapta a nós, pelo menos até ver -, e significa Deus supremo e universal para uma das etnias da China.
Ou seja: sim, aceito, ser membro da vossa bugalha, hetero, universal e gratuita. Um grande viva à geração buga!

Foi bonita a festa, pá!

Amigos,
a noite foi um estrondo e o resultado é este.

Já contribuí com a minha pequena parte, juntem a vossa migalhinha também!